"Vai-se descobrindo coisas novas, sendo provável que mais tarde se venham a anunciar números bem superiores", disse João Lourenço ao Parlamento.
Na abertura da 4ª sessão legislativa da IV Legislatura da Assembleia Nacional, o Presidente voltou a dizer ao País o que já tinha avançado em entrevista ao Wall Street Journal: Que, até agora, foram recuperados 4,9 mil milhões dólares - 2,71 mil milhões em dinheiro e 2,19 mil milhões em propriedades, fábricas, terminais portuários, estações de rádio e televisão, gráficas, edifícios...
O Presidente da Repúblico lembrou que, apesar das previsões económicas do Governo terem sido afectadas pela crise económica provocada pela covid-19, a aprovação do pacote de financiamento aprovado pelo FMI demonstra a confiança da comunidade financeira internacional do programa de reformas do Executivo.
"No passado dia 16 de Setembro, o FMI procedeu à terceira avaliação do Programa de Financiamento Alargado que está a desenvolver com o nosso país desde Dezembro de 2018. Tal como nas duas avaliações anteriores, esta também foi positiva e aprovada por unanimidade, o que demonstra a confiança da comunidade financeira internacional no programa de reformas do Governo, declarou o Chefe de Estado.
Lourenço recordou também a aprovação da Lei de Prevenção e do Combate ao Branqueamento de Capitais, Financiamento do Terrorismo e da Proliferação de Armas de Destruição Massiva, aprovada em Novembro de 2019, para falar dos "progressos que devem ser assinalados" no que respeita ao combate à corrupção e branqueamento de capitais.
Segundo o Presidente, o Tribunal de Contas redobrou a sua acção de fiscalização da ilegalidade das finanças públicas e de julgamento das contas que a lei sujeita à sua jurisdição.
"Esta intervenção do Tribunal de Contas tem permitido moralizar a execução financeira do Estado, diminuindo as margens de oportunidades para a prática da corrupção e a execução irregular do Orçamento do Estado", acrescentou João Lourenço, afirmando que "no que respeita ao combate à corrupção e à impunidade, mudou significativamente a percepção que tanto dentro como fora do País se tem deste nefasto fenómeno".