Em declarações ao NJOnline, Menezes Cassoma, porta-voz dos Serviços Prisionais, garantiu que Zénu, preso desde a passada segunda-feira, 24, no Estabelecimento Penitenciário Hospital Prisão de São Paulo, "está a alimentar-se", e goza "de boa saúde".

O responsável classifica assim como "boatos", as notícias que circulam nas últimas horas, sobre uma alegada greve de fome iniciada pelo ex-presidente do conselho de administração do Fundo Soberano de Angola.

Na base dos rumores está uma informação veiculada pela AFP, que cita fonte dos Serviços Prisionais.

"Desde terça-feira que ele se recusa a alimentar-se. A família traz-lhe refeições mas ele não come", avançou a agência francesa, horas depois de a deputada e irmã de Zénu, Tchizé dos Santos, ter alertado para vários boatos envolvendo o seu familiar, nomeadamente "a falar em suicídio, a falar em toxicodependência".

"As famílias dos toxicodependentes sabem que os seus entes queridos são toxicodependentes. Zénu não é nem nunca foi toxicodependente", sublinhou deputada, num áudio dirigido aos jornalistas.

Insistindo na ideia de que o irmão "nunca foi nem alcoólico, nem toxidependente de nenhuma sorte, nem viciado em medicamentos, nem tem nenhum tipo de desequilíbrio emocional ou psicológico", Tchizé dos Santos disse recear que esses boatos sirvam de pretexto para um atentado.

"A não haver provas do seu envolvimento nos crimes de que é acusado, espero que não haja a tentação de matarem o nosso ente querido dentro da prisão, a pretexto de que é toxicodependente e de que conseguiu pôr drogas na prisão para se matar, ou a pretexto de que se suicidou", alerta a empresária.

Recorde-se que José Filomeno dos Santos foi detido no âmbito das investigações ao caso "500 milhões".