Após estas declarações do acusado, o Serviço de Investigação Criminal afirmou que já tem os dados dos oficiais e que estes serão investigados para se aferir o seu grau de envolvimento neste esquema de burla.
O director do gabinete de comunicação institucional e imprensa da direcção geral do SIC, Manuel Halaiwa, assegurou ainda que os militares serão notificados nos próximos dias nos seus postos de trabalho.
O Novo Jornal soube também que a quadrilha trabalha nesta actividade ilícita desde o ano passado e neste período já burlaram mais de 100 indivíduos, que pagaram 800 mil kwanzas cada para conseguirem ingressar nas FAA e na Polícia Nacional.
O detido alegava ser colocado na 101ª brigada do Exército, mas depois de algumas diligências feitas pelo SIC em cooperação com a Polícia Judiciária Militar verificou-se que o seu nome não consta na base de dados da instituição.
Em posse do falso militar de 35 anos foram apreendidas uma viatura, roupas das FAA, um rádio de comunicação, 180 processos individuais, quatro passadores, entre os quais dois com o posto militar de major, um de capitão e um de 2ª cabo.