A direcção da empresa nada diz publicamente a respeito das acusações dos funcionários e quando contactada pelo Novo Jornal um elemento desta simplesmente colocou entraves burocráticos inultrapassáveis.

"Aqui se trabalha diariamente 10 horas ao invés de oito, um funcionário deve fazer tudo, descarregar mercadorias nas viaturas, limpar o chão da loja, ser supervisor, operador de caixa e segurança ao mesmo tempo", contaram dois trabalhadores ao Novo Jornal.

Um gerente de loja, no Cazenga, descreveu que são muitas as queixas dos clientes e dos próprios funcionários à direcção da empresa, mas a situação mantêm-se inalterada.

Conforme esse gerente, é difícil encontrar nas lojas Arreiou trabalhadores com mais de seis meses de casa, tudo porque ninguém suporta as exigências da empresa.

Uma funcionária gravida contou a Novo Jornal que trabalha de pé o dia todo, e que só não desistiu ainda por estar a receber ajuda moral dos colegas.

A funcionária contou que não vai conseguir aguentar e não lhe restará outra saída a não ser desistir do emprego, visto que muitos já se queixam e nada acontece.

Ao Novo Jornal, os funcionários queixam-se também da falta de segurança nas lojas e asseguram que são eles que têm de lidar com as situações de roubo por parte dos clientes, que em muitos casos terminam em brigas.

O Novo Jornal tentou ouvir um alto responsável da direcção das lojas Arreiou em Luanda, mas não teve sucesso, mantendo esforços para ouvir a direcção.