Foram igualmente arguidos neste processo o ex-director da Unidade Técnica para o Investimento Privado (UTIP), Norberto Garcia, actual porta-voz do Bureau Político do MPLA, e o ex-presidente da Agência para a Promoção do Investimento e Exportação de Angola (APIEX), Belarmino Van-Dúnem,
O caso foi divulgado no início do mês, pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), aquando do anúncio da detenção de oito elementos, por suspeita da prática de crimes de falsificação de documentos, burlas por defraudação, associação de malfeitores e branqueamentos de capitais, previsto e puníveis pelo código penal angolano.
"Os mesmos tentaram defraudar o Estado angolano quando se apresentaram como sendo proprietários de uma suposta empresa denominada Centennial Energy Company, Limited", disse no passado dia 6 de Março, o superintendente-chefe Tomás Agostinho, do departamento central dos SIC.
Na altura, o responsável adiantou, em conferência de imprensa, que "três altas patentes das Forças Armadas Angolanas (FAA)" estavam também sob suspeita, mas não adiantou nenhum nome, esclarecendo apenas que essas pessoas "não agiram em nome das FAA, mas a título privado".
"O processo transitou para a esfera da Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal da PGR, órgão com competência para a instrução dos processos que envolvem individualidades que gozam de foro especial", esclareceu.
No momento da detenção desses oito elementos, o Serviço de Investigação Criminal apreendeu, aos visados, vários meios, incluindo um cheque supostamente pertencente ao Banco da China (Hong Kong), a favor da empresa Centennial Energy Company, Limited, no valor de 99 mil milhões de dólares.
"Eles advogavam a necessidade de fazer parcerias com empresas angolanas, tendo recebido 53 propostas de empresas nacionais", afirmou o responsável, acrescentando que "os processos destas empresas já se encontravam em posse dos indivíduos".