José Eduardo dos Santos é esperado hoje no Kuando Kubango para inaugurar o memorial sobre aquela que apelidou como "a maior batalha militar efectuada até aqui no continente africano a Sul do Saara, ganha brilhantemente pelas FAPLA que resistiram a mais de 60 dias de cerco". Para o Presidente da República cessante Cuito Cuanavele "foi o símbolo da determinação do nosso povo de vencer ou morrer pela defesa da pátria".
As palavras do ainda Chefe de Estado foram recordadas por Bornito de Sousa em 2015, aquando da comemorações do 27º aniversário da Batalha do Cuito Cuanavale, celebrado no ano em que o país celebrou quatro décadas de Independência Nacional.
"O Kuando Kubango, antes denominado "terras do fim do mundo", tem vindo a mudar o seu figurino para "terras do progresso". Por isso, "é importante que os angolanos, em especial os jovens, mas também o mundo, conheçam a História, quanto nos custou a liberdade, porque assim melhor compreenderão que devemos estimar a nossa independência que custou tantos sacrifícios", referiu na altura o hoje vice-Presidente da República eleito.
Cerca de dois anos depois, José Eduardo dos Santos prepara-se para cortar a fita do monumento do maior combate militar em África após a segunda guerra mundial, e que então envolveu forças do Governo angolano, da UNITA e da África do Sul.
O memorial tem a forma de uma pirâmide, que simboliza a resistência e bravura dos combatentes desta batalha, e uma estátua. Tem igualmente dois espelhos de água que retratam os rios Cuito e Cuanavale, indica a Angop.
Além da evolução da situação política e militar em Angola, a batalha do Cuito Cuanavale é considerada como decisiva na independência da vizinha Namíbia, concluída em 1990, então ocupada pela África do Sul e após ter sido colónia da Alemanha.
O Governo angolano, que se declarou vencedor desta batalha, propôs em 2016, na última reunião do conselho de ministros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), a instituição de 23 de Março como Dia da Libertação da África Austral.