Em declarações ao Novo Jornal, a líder da CEE disse que, numa primeira fase, a instituição entregará cerca de 35 exemplares, maioritariamente a jornalistas que exerceram a profissão antes da Independência, mormente aqueles que "acreditaram no processo desde o princípio".
"As palavras são indescritíveis, o Jornalismo angolano esperou 45 ou mais de 45 anos para este momento. Os jornalistas de diversas gerações, que começaram a exercer a profissão no pós-Independência, mesmo aqueles que vieram antes, sempre ansiaram por uma carteira profissional. Portanto, este é o resultado de uma luta, no bom sentido do termo, levada a cabo por várias associações da classe, incluindo o Sindicato dos Jornalistas. É o momento da classe", descreveu a presidente da Comissão da Carteira e Ética sobre a expectativa à volta da cerimónia desta sexta-feira, 19.
Luísa Rogério referiu que o seu elenco já pensa nas entregas seguintes e numa "grande cerimónia" para homenagear jornalistas que partiram para o mundo do além.
"Vamos programar as próximas entregas. Já temos um número considerável [de carteiras]. Estamos a ver a possibilidade de fazermos um acto para incluirmos também as carteiras a título póstumo, que deveríamos entregar nesta sexta-feira, mas não vamos fazê-lo por problemas de espaço e tempo. Vamos organizar as próximas e preparar uma grande cerimónia para entregar um maior número possível de carteiras, incluindo jornalistas de várias gerações", disse Luísa Rogério.
Informou que, durante o processo de inscrição, foram registadas cerca de 1500 solicitações, sendo que nem todos os pedidos já passaram pelo devido procedimento de averiguação.