Com um peso de duas toneladas, este satélite, com definição de "High-throughput", ou elevada taxa de transferência de informação, um avanço considerável em relação aos clássicos FSS, de menor capacidade, vai chegar ao espaço para garantir a Angola um lugar de destaque em África neste capitulo por pelo menos 15 anos, que é a sua longevidade mínima garantida.
Esta é a segunda tentativa de Angola para entrar no clube dos países "espaciais" depois de o Angosat-1, construído pela russa RKK Energia, por 320 milhões de dólares, ter sido um fracasso após falhas graves no lançamento, em 2018.
O Angosat-2, construído pela russa ISS Reshetnev, que não representa novos custos para o Estado angolano devido às garantias existentes no primeiro projecto, acaba por ser uma vantagem para Angola, visto que chegara à sua órbita com uma capacidade incorporada para transmissão de dados, imagem e telecomunicações, muito superior, permitindo uma maior rentabilidade ao alugar parte desta capacidade a vários países africanos, como está previsto, e chegou a estar contratualizado para o Angosat-1.
O Angosat-2, desenvolvido pela russa Reshetnev, vai fornecer 13 gigabites de banda para cada uma das regiões "iluminadas" pelo alcance do seu sinal, que abrange a maior parte do continente africano e parte substancial da Europa, tendo como "casa" a plataforma Eurostar E3000, uma plataforma de acolhimento de satélites comerciais civis e militares de telecomunicações criada pela Airbus Defence and Space.
Com a chegada do Angosat-2 espera-se que o país dilua uma parte substancial das actuais dificuldades de comunicações e de acesso às tecnologias de comunicações, colocando Angola num patamar de linha da frente em África neste capítulo.
O lançamento do satélite angolano será acompanhado por uma delegação angolana chefiada pelo ministro Mário Oliveira, que tutela a área das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social.