A decisão é justificada tendo em conta os estatutos do Fundo Soberano de Angola, que "é a entidade com competência especializada para gerir investimentos dessa natureza", diz o documento assinado pelo Chefe de Estado.

O acompanhamento desta carteira de activos financeiros do Estado no estrangeiro tem sido feito pelo Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado.

O despacho presidencial "constitui título bastante" para a prática de todos os actos necessários para materializar a transferência, lê-se no documento.

Em 2023, a carteira de activos financeiros do Estado no exterior comportava um valor agregado de 9,27 milhões de dólares norte-americanos, segundo o relatório sobre o exercício financeiro de 2023.

Estes activos, de acordo com o documento consultado pelo Novo Jornal, estavam distribuídos nas mais variadas moedas, entre dólares norte-americanos, euros, a moeda japonesa e o franco suíço, cujos valores eram assim alocados: 8,51 milhões de dólares norte-americanos, 550,90 mil euros, 10,14 milhões de ienes.

A carteira de activos era composta por 54% de acções, 35% de activos de renda fixa (fundos de investimento), 6% de depósitos em numerário e 5% de activos alternativos (produtos estruturados).