Na notícia do Público, de acesso pago, citado por outros media portugueses, é dito que a filha do ex-Presidente José Eduardo dos Santos recolheu benefícios dos investimentos na Galp Energia de 239 milhões de euros, mais 189 milhões na operadora de telecomunicações NOS, ao que acrescem 66 milhões do BPI, somando 494 milhões de euros.
Recorde-se que esta notícia é conhecida escassos dias após se ter sabido que Isabel dos Santos tem uma dívida a bancos portugueses na ordem dos 570 milhões de euros.
Este montante foi-lhe emprestado por 13 bancos portugueses, segundo avançou o Expresso, o que levou o Banco de Portugal (regulador) a pedir uma actualização individualizada a cada um deles sobre o montante de crédito de Isabel dos Santos.
Dos 13 bancos na lista dos créditos atribuídos à empresária, três estão especialmente envolvidos, somando metade dos financiamentos a Isabel dos Santos, que esta usou para comprar, por exemplo, a Efacec, entre outros negócios.
Para os dividendos referentes ao ano corrente, por ocasião da apresentação de contas das empresas, nomeadamente a NOS e a Galp, que estão previstas para esta semana, não vai poder receber o dinheiro porque tem as suas contas congeladas no âmbito dos processos que cotra si correm na justiça em Angola, a pedido da PGR angolana.
Recorde-se que com o caso Luanda Leaks, após a divulgaão de milhares de ficheiros com informação sobre o seu universo de negócios, Isabel dos Santos, que já tinha as contas arrestadas preventivamente em Angola pelo Tribunal Provincial de Luanda a pedido da PGR em nome do Estado, para garantir o pagamento de dívidas de valor equivalente a 1,1 mil milhões de dólares.
O Tribunal Provincial de Luanda, soube-se a 30 de Dezembro, decretou a 23 desse mesmo mês o arresto preventivo de contas bancárias pessoais da empresária Isabel dos Santos, do marido, Sindika Dokolo, e do presidente do Banco de Fomento de Angola (BFA), Mário Leite da Silva, para além de congelar as contas de várias empresas nas quais detêm participações, nomeadamente nos bancos BIC e BFA, e nas empresas UNITEL, ZAP, FINSTAR, Cimangola, CONDIS, Continente Angola e SODIBA.
Segundo a PGR Isabel dos Santos, Sindika Dokolo e Mário da Silva celebraram negócios com o Estado angolano através das empresas Sodiam, empresa pública de venda de diamantes, e com a Sonangol, petrolífera estatal.