O negócio está hoje a ser noticiado pelas publicações especializadas na área da energia e tem como objectivo colocar cargas no valor de 6 mil milhões de metros cúbicos de gás natural liquefeito a partir do projecto LNG-Angola, do Soyo.
O Grupo Vitol, fundado em 1966, com um volume de negócios anula de 152 mil milhões USD, tem a sua sede na Holanda e mais de 5 400 trabalhadores em todo o mundo, vai iniciar o transporte do LNG (sigla em inglês para gás natural liquefeito) angolano para os mercados internacionais, embora os valores envolvidos no negócio não tenham sido divulgados.
A entrada deste "trader" global no projecto LNG-Angola, um investimento de cerca de 10 mil milhões de dólares norte-americanos que envolve a Sonangol, com 22,8%, e algumas das maiores companhias do sector das energias mundiais, como a Chevron (36,4%), a BP (13,6%) ou a ENI (13,6%), é apontado como essencial para o pleno funcionamento desta estrutura que, desde que arrancou, em 2013, tem conhecido sucessivos problemas técnicos que impediram o seu pleno aproveitamento.
A chegada do Grupo Vitol ao LNG angolano, como os seus responsáveis, citados pelas publicações especializadas, admitem, tem como pano de fundo as expectativas de sólido crescimento deste sector estimadas em 2015 em mais de 50 por cento até 2020.
Cerca de seis anos depois de ter arrancado, o LNG do Soyo, um dos maiores projectos africanos de produção de gás natural liquefeito (5,2 milhões de toneladas/ano), a partir das emanações dos blocos petrolíferos existentes no offshore angolano, pode ter na chegada deste trader global como um sinal de plena normalização da produção e que as questões técnicas que foram surgindo ao longo dos anos estejam agora ultrapassadas.
Esses mesmos problemas técnicos, que levaram a que só recentemente tenha sido interrompida uma paragem forçada de vários meses, fez com que a produção do LNG Angola esteja, desde o início, a menos de 50 por cento da sua capacidade total.