A assembleia-geral foi convocada pelo presidente da mesa, Aguinaldo Jaime, e publicada na edição desta sexta-feira do Jornal de Angola.
Isabel dos Santos anunciou na semana passada que ia deixar o seu lugar na administração da operadora de telecomunicações Unitel para evitar "um clima de conflito permanente e de politização sistemática dos administradores no conselho de administração da empresa, fruto das relações entre accionistas".
"Numa altura em que a economia angolana e o mercado das telecomunicações atravessam condições económicas particularmente adversas, parece-me contraproducente e irresponsável permitir que um clima de conflito permanente e de politização sistemática dos administradores se instale no conselho de administração da empresa, fruto das relações entre acionistas", lia-se no comunicado enviado pela filha do ex-Presidente José Eduardo dos Santos às redacções.
A engenheira, que falava em "honra e o orgulho de ter construído uma das primeiras redes de telecomunicações em Angola e de ter participado no desenvolvimento desta empresa", dizia que "este órgão da empresa deve ser ocupado por pessoas dedicadas e com um espírito de equipa, comprometidas com o trabalho rigoroso e produtivo, no interesse da empresa e dos seus colaboradores e clientes".
"Nos anos em que liderei a Unitel ou participei activamente na sua gestão, crescemos e realizámos um investimento de mais de USD 5 mil milhões na rede, equipamento e formação profissional, recorrendo inteiramente a receitas próprias e empréstimos bancários privados e sem qualquer apoio de fundos governamentais ou públicos", referia Isabel dos Santos no comunicado.
A empresária, que foi presidente da empresa de telecomunicações até 2019, afiramava também que continuará a apoiar a Unitel, contribuindo para o sucesso e desenvolvimento futuro da empresa, criada em 1999: "Em nome do futuro de Angola, eu e as empresas que dirijo estaremos sempre ao lado do progresso, da economia e da criação de empregos e oportunidades para jovens angolanos".