A APM recomenda, por isso, a anulação da nova logomarca que o Governo de Angola apresentou como sendo parte de uma "nova era de mudança que se impõe para uma sociedade mais justa para o asseguramento do desenvolvimento sustentável".

Em comunicado, a APM lembra que a nova logomarca "já é alvo de discussões nas redes sociais que também colocam em causa a originalidade da marca seleccionada assim como a pouca divulgação do concurso para a selecção da mesma (...), estando estes comentários mais críticos a obter eco em diversos portais de informação noticiosa proporcionando-lhe uma maior amplitude além-fronteiras".

A APM recomenda "uma reflexão sobre a possibilidade de se anular a proposta vencedora, ao abrigo dos Termos de Referência do Concurso da Nova Logomarca de Angola, nomeadamente no que respeita à "originalidade e desvinculação a outras marcas existentes".

É também da opinião dos associados da APM, que este concurso público para a criação da logomarca de Angola "deveria ter sido mais divulgado", nomeadamente directamente junto dos meios competentes da área da comunicação, como é o caso das empresas de comunicação, agências de publicidade e ateliers de design gráfico, "onde se encontra o perfil de profissionais com formação e experiência na área de criação e gestão de marcas".

A APM, diz ainda no comunicado que "estranhou que, enquanto única associação nacional da área de comunicação publicitária, não tenha Sido contactada pela Comissão Organizadora para ajudar a comunicar o concurso, envolvendo assim as mais de 50 empresas de publicidade angolanas associadas e os diversos institutos de ensino de comunicação e marketing com quem se relaciona", bem como não ter sido chamada para integrar o grupo de trabalho, "de modo a contribuir com o seu know-how para a avaliação das propostas dos logotipos candidatos uma vez que sempre se tem vindo a apresentar como uma associação parceira do Ministério de Comunicação e do Governo de Angola".

Em tom bastante crítico, a APM termina dizendo que é levada a crer "que a falta de consideração e de observação básica dos requisitos de um projecto desta natureza levou a que a entidade responsável tivesse tratado desta logomarca como uma logomarca comum de um qualquer de produto ou serviço comercial".

A nova logomarca, que pretende ser também uma nova identidade visual do Executivo, e substitui a que vigorava desde 2002, poderá, assim, ser substituída nos próximos tempos.