O anúncio da demissão de Carlos Alberto e o seu agendamento para hoje foi feito após a eleição de Adalberto da Costa Júnior como novo presidente da UNITA.
Carlos Alberto justificou ao NJOnline o volte-face com a pressão nesse sentido dos seus colegas na ERCA que não concordaram com a sua renúncia ao cargo.
"Não compareci porque não avancei com a decisão inicial. A carta está feita, mas os meus pares na ERCA não concordaram com as razões que invoquei para sair, incluindo o presidente da Entidade Reguladora da Comunicação em Angola, Adelino de Almeida", disse o conselheiro nomeado pela UNITA em declarações ao NJOline.
Segundo Carlos Alberto, varias individualidades da UNITA e do MPLA, bem como da sociedade civil, ligaram para lhe pedirem para que recuasse na decisão.
"Entendi por bem aceitar os conselhos de todas essas pessoas e deixar a minha vontade pessoal de lado, porque a ERCA precisa de mim", realçou.
Carlos Alberto, assegurou que vai continuar com as acusações que tem vindo a fazer contra o recém-eleito presidente da UNITA, Adalberto da Costa Júnior, nomeadamente sobre as dúvidas que lançou sobre a sua formação académica.
Entretanto, Carlos Alberto salientou que sente uma pressão alta de muitos jornalistas que nunca aceitarem a sua entrada na ERCA, mas reconhece que em função das críticas que tem feito, muitas pessoas vão colocar em causa a sua palavra.
"Assumo que recuei e coloquei em causa a minha dignidade. Mas assumo também que, por vezes, temos que recuar em prol da nação, e vou aceitar que as pessoas me critiquem, porque estou a defender um interesse que é maior que o meu", afirmou.