Na sua visita oficial, Augusto Santos Silva estará na capital angolana, Luanda, mas também viajará a "duas ou três" províncias angolanas, disse hoje o governante, à margem da apresentação da plataforma de ensino à distância "Português Mais Perto".
"Depois de várias visitas sectoriais de membros do Governo português a Angola e de membros do Governo angolano a Portugal, é chegado o momento de proceder ao fecho de abóbada nessas visitas, com a visita do ministro dos Negócios Estrangeiros", referiu.
Um dos "objectivos essenciais" é "preparar uma próxima visita ao mais alto nível", comentou, aludindo a uma futura visita oficial do primeiro-ministro, António Costa, ainda este ano.
O ministro das Relações Exteriores de Angola, Georges Chikoti, anunciou a 17 de Março do ano passado, em Lisboa, que o Presidente e o primeiro-ministro de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa, respectivamente, visitariam oficialmente Angola "em breve", em datas que serão tratadas pela via diplomática.
Em Abril, o chefe da diplomacia portuguesa disse que Portugal estava "a investir muito" na visita do primeiro-ministro português a Angola.
Na visita dos próximos dias, Santos Silva será acompanhado pelo secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, com o objectivo de contactar os portugueses residentes em Angola, e também por um secretário de Estado do Ministério da Agricultura, "uma das áreas em que as perspectivas de cooperação entre Portugal e Angola são mais promissoras".
"Na visita, procederei à revisão sistemática do estado da arte da cooperação entre Portugal e Angola e à projecção de perspectivas futuras de reforço das relações políticas, económicas e culturais entre os dois países", acrescentou hoje o ministro.
O governante escusou-se a comentar se está prevista a realização de uma cimeira entre os dois países, que chegou a estar agendada para Fevereiro de 2014, mas em Outubro do ano anterior, o Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, anunciou o fim da cooperação estratégica com Portugal.
Alguns dias antes, em entrevista à Rádio Nacional de Angola, o então ministro dos Negócios Estrangeiros português Rui Machete tinha pedido desculpa a Luanda pelas investigações do Ministério Público português, declarações que provocaram polémica em Lisboa.