O levantamento da interdição só foi possível mediante conversações entre os governos dos dois países, facto que levou esta quinta-feira, 3, em Kinshasa, o ministro dos Transportes e das Comunicações e o vice-primeiro ministro da República Democrática do Congo a exarar um despacho a autorizar a circulação dos camionistas angolanos pelo território congolês com destino à província angolana de Cabinda.
O Governo angolano saúda o levantamento da interdição da circulação e transição dos camiões com carga, que permite a passagem de camiões de Angola, tanto para importação como para mercadorias em trânsito para o "enclave".
Mas, há pouco mais de duas semanas, os camionistas nacionais foram surpreendidos com uma proibição "oficial" para atravessar o território congolês de forma a chegar a Cabinda por via terrestre a partir do Zaire.
Alguns empresários angolanos asseguram que tiveram prejuízos de milhões por causa de muitos produtos se deteriorarem dentro dos veículos.
Entretanto, a ATROMA desconhece as razões que levaram o Governo da Província do Congo Central a decretar a proibição de veículos pesados angolanos em solo da RDC, salientando que estiveram retidos mais de 400 veículos pesados.
Em Fevereiro último, os dois países assinaram um acordo de reciprocidade na taxa aduaneira, com prazo de implementação de dois anos, visto que os angolanos pagavam 4.000 USD de cada vez que entravam na RDC, ao passo que os camionistas congoleses pagam 50 USD para circularem em território angolano.