Segundo um documento da instituição a que o NJOnline teve acesso, "o crescimento económico vertiginoso de que Angola desfrutou após o fim de décadas de conflito teve uma interrupção súbita quando o preço do petróleo caiu em 2014".
"Café, mel e madeira são apenas três produtos de um grupo de seis em que o Governo e representantes da indústria acreditam que Angola pode ser competitiva", acrescenta o documento.
A lista, que também inclui peixe, sal e banana, foi compilada durante um workshop, organizado pela UNCTAD durante o fim-de-semana em Luanda.
Durante a sessão, foram identificados produtos que, ao contrário do petróleo, criam ganhos ambientais e sociais à medida que a produção cresce.
Angola produz 90 toneladas de mel por ano, mas uma análise afirma que a produção pode mais que dobrar, para 200 toneladas, usando novas tecnologias.
"Da mesma forma, o potencial económico dos 53 milhões de hectares de florestas do país permanece inexplorado", afirma a UNCTAD.
A organização refere que Angola pode aproveitar melhor este recurso se transformar a madeira, por exemplo, em móveis.
Segundo a agência, o café também tem grande potencial, especialmente para os cerca de 50 mil agricultores registados, quase todos pequenos produtores.
Embora Angola tenha produzido apenas cerca de 8 mil toneladas de café em 2017, o país já foi um grande produtor. Na década de 70, produzia quase 230 mil toneladas por ano.