Os dados mais recentes apontam para que cerca de 60 milhões de hectares do território esteja coberto de floresta, uma informação que contraria as indicações coloniais, que apontavam para a existência de apenas 53 milhões de hectares de floresta em Angola.

Estes números resultaram do Inventário Florestal Nacional (IFN), cuja primeira fase terminou agora e foi divulgada pelo Ministério da Agricultura, tendo sido realizado com o apoio do Fundo das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).

O director nacional do Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF), Tomás Caetano, informou os jornalistas, durante a apresentação do IFN, que este estudo foi dividido em três fases, tendo a primeiro começado em 2008 e terminado agora por causa das dificuldades financeiras para a sua conclusão.

Com custos estimados de 2,180 milhões de dólares norte-americanos, financiados entre o Governo angolano e o FAO, este com uma participação ligeiramente inferior a 50 por cento do total, este estudo tem uma importância de grande relevo para que o país possa estruturar a dimensão económica e ambiental da floresta.

Um dos elementos colhidos aponta para que a desflorestação em Angola esteja abaixo da que é encontrada noutros países africanos, com cerca de 8,2 por cento de eliminação anula da cobertura florestal no país, longo do risco considerado perigoso de perda de floresta.

Tomás Caetano disse mesmo aos jornalistas que alguns alarmismos que existiram nos últimos tempos, em resultado de alguns focos de desflorestação, "foram controlados" e que Angola tem todas as condições para produzir anualmente cerca de 360 mil m3 de madeira, apesar de actualmente se ficar pelos 190 mil.

Uíge, Cabinda, Kuando Kubango e Moxico são as províncias com maior índice de exploração da floresta para produção industrial.