A informação foi avançada pelo secretário de Estado para as Florestas, André de Jesus Moda, que, no entanto, não estabeleceu comparações, como, por exemplo, em período homólogo de anos anteriores.

No entanto, o governante admitiu que se não existissem condicionantes financeiras, o País poderia produzir pelo menos 500 mil metros cúbicos de madeira em floresta nativa mas não chegou a metade desse valor.

Citado pela Angop, André Moda, numa conferência de imprensa a propósito do Dia Mundial das Florestas, que se comemora a 21 de Março, Domingo, acrescentou que Angola exporta quase toda a madeira extraída das suas florestas, cerca de 80%, porque não existe uma indústria eficaz de transformação instalada.

O País conta com 128 empresas registadas em 2020 mas apenas 116 tiveram actividade conhecida, sendo quem na anterior campanha florestal, esse número chegou às 300.

Entre as novidades apresentadas pelo secretário de Estado para as Florestas está o novo programa nacional de reflorestação que impõe, de forma a revitalizar uma floresta cada vez mais degradada face à exploração desenfreada nos últimos anos.

Uma das exigências que poderá fazer a diferença é a exigência do repovoamento das áreas exploradas com as mesmas espécies que podem chegar aos 15 mil hectares por concessão.

Este programa visa acabar com a exploração caótica das florestas angolanas, que abrangem perto de 90 milhões de hectares de floresta nativa, que, nalgumas regiões, começa já a dar sinais evidentes de exaustão e de situação de irreversibilidade na deterioração dos solos.

Isso mesmo está plasmado na Lei de Bases sobre Florestas e Fauna Selvagem que visa reorganizar o sector, avançando mesmo com um desafio de cidadania que é cada cidadão plantar pelo menos três árvores por ano de forma a reverter a situação difícil em que se encontram as florestas angolanas, especialmente nas vastas regiões do sul expostas às prolongadas secas.