A informação, avançada no relatório de 2016 da Secção de Fraude do Departamento de Justiça contra Crimes Económicos dos Estados Unidos, indica que a Odebrecht "subornou vários funcionários estrangeiros, incluindo pagamentos efectuados a partidos políticos em Angola, Argentina, Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Guatemala, México, Moçambique, Panamá, Peru e Venezuela".
Recentemente, a empresa brasileira declarou-se culpada nos EUA por se envolver "numa conspiração por violação das disposições anti-suborno da Unidade de Lei de Práticas de Corrupção no Exterior (FCPA na sigla inglesa). Os acordos judiciais alcançados com os governos dos EUA, Brasil e Suíça determinaram que a empreiteira deverá pagar o valor de USD 2,047 mil milhões de dólares.
Odebrecht assume suborno
O documento, que não identifica nomes dos políticos angolanos alegadamente envolvimentos no esquema de suborno que teria sido promovido em Angola na adjudicação de obras, é revelado depois de em Dezembro a Odebrecht ter reconhecido a prática de suborno nos países da América Latina.
Entretanto, não é ainda conhecida a reacção de Angola ao referido relatório, mas à Procuradoria-Geral da República e ao ministério da Justiça o jornalista Rafael Marques fez chegar uma "participação de alegado acto de corrupção da Odebrecht em Angola", rogando às autoridades angolanas que solicitem aos EUA "todos os elementos existentes que lhes permitam perseguir criminalmente em Angola os governantes corrompidos pela Odebrecht".
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