A ordem de congelamento do acesso a esta verba por parte da Quantum Global tinha sido conseguida pelo FSDEA após a saída de José Filomeno dos Santos (na foto), Zénu, de presidente do Conselho de Administração, alegando que o dinheiro sob gestão da empresa suíça estava em risco de "dissipação" fraudulenta.
O juiz responsável agora pelo descongelamento, segundo a Reuters, não encontrou razões para mantera situação e procedeu ao levantamento da anterior decisão judicial, que tinha sido tomada em Abril.
A decisão da justiça britânica foi recebida com satisfação por Jean-Claude Bastos de Morais, que acredita num desfecho semelhante em relação às Ilhas Maurícias.
Através de um comunicado, divulgado esta terça-feira, 31, pela Quantum Global, o empresário sublinha a sua confiança na Justiça.
"Sempre acreditei que a verdade e os factos sobre o nosso trabalho no Fundo Soberano de Angola viriam à tona", destaca o gestor.
Na mensagem, o outrora "homem-forte" de Zénu volta a chamar a atenção para o impacto negativo desse congelamento nos investimentos em Angola e África.
Segundo o empresário suíço-angolano, os funcionários da Quantum Global em Angola, nas Ilhas Maurícias e na Suíça também foram seriamente penalizados, tendo em conta que muitos ficaram sem salários por vários meses.
Jean-Claude Bastos de Morais refere ainda que continua aberto à negociação de um entendimento com a actual administração do Fundo Soberano.
Fundo Soberano vai recorrer da decisão
Essa hipótese parece estar para já descartada, tendo em conta que os representantes da administração do FSDEA anunciaram que vão recorrer da sentença, decisão que levou o juiz a impor uma interdição temporária de acesso a 560 milhões de dólares, válida até 10 de Agosto.
Segundo o magistrado, a nova restrição visa dar tempo ao FSDEA para interpor recurso.