No documento enviado ao NJOnline, a petrolífera nacional acrescenta que esse condicionamento "levou a uma maior procura de combustível", com destaque para a gasolina, em Luanda, o que levou, por sua vez, "à necessidade de reestruturar alguns processos relativos às quantidades de combustível necessários para os diferentes consumidores, intermédios e finais".
Por isso, nota ainda a Sonangol, "os reabastecimentos já em curso, assim como as reposições posteriores" deverão ir de encontro às necessidades concretas do mercado.
Face a este cenário, que, como o NJOnline noticiou, gerou, nos últimos dois dias, uma situação de grande stresse para milhares de automobilistas em Luanda, com longas filas de automóveis nas bombas de combustível, especialmente ao fima da tarde e início da noite de ontem, como já não sucedia desde 2015, a Sonangol alerta para a possibilidade de a normalidade poder regressar apenas nos próximos dias.
"Normalmente, a seguir a qualquer alteração no curso regular de distribuição de combustível, o mercado leva alguns dias a voltar ao normal, situação susceptível de induzir à falsa percepção de existência de escassez do produto, o que não é o caso", sublinha ainda a empresa.
Para evitar aproveitamentos da situação, a Sonangol Logística deixa ainda o aviso e o apelo para que os consumidores fiquem "tranquilos" e que denunciem às autoridades quaisquer "descaminho" de combustíveis, como, por exemplo, a sua venda no mercado paralelo ou ainda ao açambarcamento com fins ilegais.
Esta explicação da petrolífera surge numa altura em que rumores de fecho das torneias nos postos de abastecimento devido à proximidade de um aumento no preço da gasolina e do gasóleo, como há já algum tempo se vem admitindo devido ao anunciado fim dos subsídios estatais, via Sonangol, aos combustíveis.
Os combustíveis, esmagadoramente importados, são vendidos em Angola a um preço significativamente inferior ao preço de custo devido aos subsídios garantidos pelo Estado.