Face a esta ameaça às culturas nestas duas regiões, onde a Namíbia concentra importantes projectos agrícolas de irrigação, os serviços da Agricultura do país vizinho têm procurado debelar o problema, mas, até agora sem sucesso.
Segundo a imprensa namibiana, a praga de Lagarta Africana (Helicoverpa armígera) já levou o país a pedir a ajuda a uma equipa especializada composta por técnicos namibianos e sul-africanos para debelar o problema, mas, como avança o The Namibian, não existe qualquer químico, tanto na Namíbia como na África do Sul, que destrua esta peste de forma definitiva.
Estas equipas estão a trabalhar nas áreas e a questão é que a praga, depois de aplicar os tratamentos conhecidos, em três a quatro dias, a lagarta está de volta e o grande problemas é que só na altura das colheitas é que se poderá ter uma ideia clara sobre a destruição causada, mas existe já a garantia de que será pesada.
A agrónoma-chefe da Agência de Desenvolvimento do Negócio Agrícola da Namíbia, Julia Nambili, apontou para perdas mínimas de mais de 23 milhões de dólares namibianos (cerca de dois milhões de dólares norte-americanos) nas duas zonas mais afectadas, havendo a possibilidade de esta praga de Lagarta Africana poder alastrar a outras áreas.
Angola, com fronteiras a Sul, com as duas províncias namibianas afectadas, não está livre de ver a lagarta entrar no território.
Actualmente, os técnicos que estão a estudar a situação e a procurar soluções, estão intrigados com o facto de esta ser uma praga que normalmente não causa elevados prejuízos e que não dura muito, estar agora a surpreender com uma acção mais nociva do que existe como registo no país para outras ocorrências.