Numa breve declaração na rede social X, antigo Twitter, Samia Hassan exigiu o apuramento cabal da verdade através de uma "profunda investigação" porque este tipo de acontecimentos não podem suceder num país democrático como a Tanzânia.

Uma primeira investigação foi de imediato desencadeada quando o corpo do líder da oposição foi encontrado no Sábado, apenas um dia depois de ter sido levado de um autocarro onde segia de Dar-es-Salam para a cidade portuária de Tanga, por dois homens armados.

"Estou profundamente triste com a notícia desta morte e já ordenei a realização de uma profunda investigação, invectivando as autoridades investigatórias para me fornecerem todos os detalhes dos trabalhos realizados", avisou a Presidente da Tanzânia.

Insistindo que não há "espaço para crueldade de nenhuma índole" no seu país, Samia Hassan reafirmou que a Tanzânia "é um país democrático onde todos os seus cidadãos têm o direito à vida".

"Nem eu nem o meu Governo toleramos este tipo de brutalidade", disse ainda Samia Hassan, acrescentando na publicação que fez esta segunda-feira no X que não se pode tolerar que pessoas "continuem a desaparecer desta forma".

Este homicídio claramente encomendado surge menos de um mês depois de centenas de militantes do CHADEMA terem sido detidos pela polícia para interrogatórios durante uma manifestação, o que põe igualmente a corporação sob suspeita, como alegam os dirigentes da oposição.

A Tanzânia vai ter eleições legislativas em Dezembro e a Amnistia Internacional sublinha que estas detenções e esta morte são um mau sinal para o vigor da democracia tanzaniana.