Infelizmente o nosso país é tem uma propensão para dar azo à utilização de situações suspeitosas, com maior ou menor gravidade, dependendo do ponto de vista, e aqui serão discorridas algumas das mais recentes e que geraram algum desconforto uma vez que reflectem o despreparo da sociedade.
Recentemente fomos brindados com uma visita internacional que procura fortalecer as relações entre os povos angolanos e os americanos.

É prática comum quando se recebe visitas mostrar um pouco do melhor que o país tem e, de preferência, que ainda esteja com ares de novo. Neste caso foi o Centro de Ciência de Luanda, inaugurado recentemente, mas ainda não aberto ao público. Sucede que a atenção mediática da visita não foi para a divulgação científica mas sim para o funje de mandioca e seus acompanhantes. É uma mensagem científica interessante alinhada com a recomendação do Executivo de investir na mandioca para o matabicho, em substituição ao trigo cujo preço disparou. Aqui há gato, e também funje, e catatos.

Também recentemente e fruto do pouco esperado, por muitos, bom desempenho das palancas negras na Taça Africana das Nações começaram a surgir oferecimentos de prémios, benefícios e outras oferendas de forma pouco ética e socialmente aceitáveis. Uma espécie de leilão de quem dá mais gerou críticas devido ao aproveitamento interesseiro. Não está em causa o merecimento da selecção nacional mas sim a forma como foram feitas as ofertas, denotando desconfiança em relação à Federação. Aqui há gato, e prémios, e desorganização.

Uma reportagem recente passada no programa Mais Domingo da Televisão Pública de Angola indicou que cidadãos no Cuilo na Lunda-Norte foram atacados e mortos por raposas que atacam na calada da noite provocando o pânico na região. Não se sabe se o repórter foi influenciado por um filme, desenhos animados ou incorrecto uso dos mecanismos de busca de inteligência artificial mas importa frisar que aqui há gato, mas raposas não.