"O povo veio à rua e contrariou as contas desses laboratórios. O povo veio à rua e disse que os reagentes que vocês estão a usar no vosso laboratório podem servir lá para a Europa, mas aqui para Angola não", afirmou.
"No dia 23 só vai dar quatro, só vai dar MPLA, só vai dar João Lourenço", concluiu.
O cabeça-de-lista do MPLA às eleições incitou ainda o partido a ter a "coragem" de implementar, durante a próxima legislatura, e em caso de vitória eleitoral, as autarquias locais.
"Com as autarquias locais vamos garantir uma maior inserção política, económica e social dos cidadãos. Vamos levar a governação para mais próximo do cidadão. Vamos conseguir resolver aqueles problemas que no dia-a-dia afetam o cidadão no seu município, sem que ele tenha necessidade de sair do município e ir para a baixa, para a chamada Mutamba, para resolver os problemas que o afligem", afirmou.
Falando das críticas sobre Luanda, com perto de sete milhões de habitantes, João Lourenço falou ele próprio sobre uma capital "com muitos problemas" e "muitos chefes", comprometendo-se a instituir as autarquias locais no país, reivindicação dos partidos da oposição há já vários anos.
"Porque acreditamos que com as autarquias vamos resolver um conjunto de problemas de difícil resolução no actual momento de governação nesta cidade e província de Luanda.
"O problema de Luanda não está só no excesso de população, não está só na coabitação entre o poder central e o provincial. O problema de Luanda talvez se possa resolver se nós tivermos a coragem de, neste próximo mandato que vamos iniciar, instituirmos o poder local, as autarquias", concluiu.
Angola vai realizar eleições gerais a 23 de Agosto deste ano, às quais concorrem o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), Partido de Renovação Social (PRS), Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e Aliança Patriótica Nacional (APN).
A Comissão Nacional Eleitoral de Angola constituiu 12.512 assembleias de voto, que incluem 25.873 mesas de voto, algumas a serem instaladas em escolas e em tendas por todo o país, com o escrutínio centralizado nas capitais de província e em Luanda, estando 9.317.294 eleitores em condições de votar.