Para vice-presidente foi eleito Justino Pinto de Andrade, enquanto Muata Sebastião foi o escolhido para secretário-geral.
Durante dois dias, os mais de 200 delegados, além de elegerem a nova direcção, também aprovaram os relatórios dos conselhos nacionais de jurisdição e fiscalização e as actividades do partido entre 2017 e 2021.
Depois da vitória, Filomeno Vieira Lopes afirmou que "a permanência na Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE) vai ser discutida pelos militantes em próximas reuniões".
Antes das eleições, o agora presidente do Bloco Democrático, formação política coligada na CASA-CE , disse ao Novo Jornal que "a elite política que manda no País há quase meio século já mostrou de que nada é capaz e que não está interessada em criar um verdadeiro Estado de Direito Democrático", apelando ao voto na sua candidatura para que o seu partido possa reforçar a frente da oposição contra o MPLA nas eleições de 2022.
"A Nação atingiu hoje um dos pontos mais altos de esgotamento político, económico, ético, moral e cultural da sua história", disse.
Segundo este político, "os angolanos vão remover do poder aqueles que nele envelheceram e hoje estão incapazes de oferecer soluções construtivas duradouras e credíveis".
"De manhã constroem promessas e à noite vão enterrá-las no primeiro cemitério clandestino que encontrarem", acrescentou Filomeno Vieira Lopes, salientando que, caso fosse eleito, iria estabelecer as bases de um verdadeiro Estado de Direito Democrático, de justiça social, moderno e desenvolvido.
Filomeno Vieira Lopes afirmava que, se fosse eleito, reforçaria o projecto de uma frente da oposição contra o MPLA nas eleições de 2022.
"Nós estamos efectivamente nesta senda, é a nossa moção estratégica, é exactamente neste sentido que, se eu for presidente do partido Bloco Democrático, tudo farei para que esse espírito, que coincide com a vontade da maioria do povo angolano, de ver forças da oposição claras e unidas, poder abrir esta porta para criar instituições democráticas", afirmou
A UNITA, o Bloco Democrático e o projecto PRA-JA Servir Angola, liderado por Abel Chivukuvuku, têm vindo a trabalhar numa frente única para concorrer às eleições de 2022, liderada por Adalberto Costa Júnior.
Registado no Tribunal Constitucional desde 20 de Outubro de 2010, o Bloco Democrático tem as suas linhas programáticas assentes na justiça social, tendo como principal objectivo o desenvolvimento de Angola.