Num comunicado publicado na sua página oficial, o Ministério das Finanças explica que as reuniões entre a missão do FMI, liderada por Mário Zamaroczy, vão prosseguir em Washington, para onde seguirá uma equipa do Executivo angolano.
Recorde-se que a directora do FMI, Christine Lagarde (na foto, com Archer Mangueira, ministro das Finanças), aquando da assinatura do acordo do empréstimo, no âmbito do Programa de Financiamento Ampliado (Extended Fund Facility - EFF), em Dezembro do ano passado, disse em Luanda que o calendário da entrega das tranches ou a definição do número de tranches resulta directamente da avaliação feita ao desempenho dos Governos na forma como empregam essas verbas.
Com esta situação agora conhecida, onde a equipa de Mário Zamaroczy, que esteve em Luanda desde 20 de Março, não terá conseguido definir uma posição final durante a estadia em Luanda, contrariando aquilo que é considerado normal e que era esperado, inclusive pelo Governo angolano, emerge a suspeita de que a avaliação poderá ser desajustada às pretensões do Governo.
Na nota publicada pelo Ministério das Finanças, onde não são avançadas quaisquer justificações para o sucedido, é apenas indicado que a equipa angolana que vai para Washington terá ainda como encargo participar nas Reuniões de Primavera das Instituições de Bretton Woods (FMI e Banco Mundial), que irão ocorrer entre os dias 08 e 14 de Abril.
O comunicado do MInFin documenta ainda a missão do Fundo, descrevendo que esta manteve encontros de trabalho com o Ministro de Estado do Desenvolvimento Económico e Social, Manuel Nunes Júnior, com o Ministro das Finanças, Archer Mangueira, com o Ministro da Economia e Planeamento, Pedro da Fonseca, ainda com o Ministro do Comércio, Jofre Van-Dúnem, e,naturalmente com o Governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José de Lima Massano.
Diz ainda o MinFin que a missão do FMI avaliou o desempenho económico do país nos sectores fiscal, monetário, cambial, estabilidade financeira e reformas estruturais, tendo como data de referência para avaliação o dia 31 de Dezembro de 2018.
Para além do empréstimo de 3,7 mil milhões, o FMI, segundo o acordo assinado a 07 de Dezembro, compreende ainda assistência técnica, por forma a apoiar o Programa de Estabilização Macroeconómica e o Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022.