Ao Novo Jornal, o membro do colégio presidencial da CASA-CE, Manuel Fernandes, lamentou que a malária em todo o País continue a principal causa de mortes.
"A Covid-19 é prioridade, mas a malária também não deixa de ser uma preocupação, se só na Huíla morreram 461 pessoa no primeiro trimestre deste ano, se for feito um balanço em todo o País, o resultado será uma tragedia", disse Manuel Fernandes, defendendo uma vasta campanha para combater a doença.
O deputado da UNITA, Alcides Sakala, disse que a falta de consciencialização da população sobre as medidas de prevenção da doença como a utilização do mosquiteiro, bem como o débil saneamento básico nas comunidades, têm contribuído para o aumento da doença.
Para o deputado, o uso inadequado dos mosquiteiros tem sido outra inquietação, defendendo a difusão de maior informação para que as pessoas entendam qual é a sua real função e benefícios.
"A Covid-19 e a malária devem constar nas prioridades do Executivo. Não podemos esquecer que a malária devasta mais vidas humanas no nosso País", destacou.
O líder do Partido Social Democrata (PRS) exortou o Executivo angolano no sentido de tomar as medidas que se impõem para fazer face às ameaças que pairam sobre a saúde no País.
"Para além de Covid-19, o País enfrenta muitas doenças com o destaque para a malária, que mais mata em Angola. No entanto, toda a atenção deve ser dada às várias doenças", referiu.
"O Executivo não pode ofuscar a gravidade da situação da malária no País. Preocupado com a situação da Covid-19, o Executivo também deve fazer o mesmo com a malária", acrescentou.
Os últimos dados divulgados pelo Programa Nacional de Combate à malária mostram que no primeiro trimestre de 2019 o País registou mais de um milhão de casos, cuja prevalência é de cerca de 40 por cento.
Em 2018, Angola registou cerca 5,9 milhões de casos, que resultaram em quase 12 mil óbitos.
A faixa etária com maior proporção de casos são os menores de 5 anos, com 35% do total de casos e também 51% dos óbitos registados.