O PR, no discurso de abertura da VIII Reunião de Embaixadores, que Luanda acolhe a partir de hoje, numa iniciativa do Ministério das Relações Exteriores, destacou ainda a necessidade de "inaugurar uma era de maior responsabilização".
"Não toleraremos a má gestão financeira e patrimonial ou ainda o nepotismo praticado por alguns quadros responsáveis do próprio Ministério ou por chefes de missões diplomáticas", avisou João Lourenço.
O Chefe de Estado referiu ainda a urgência de actualização da relação de entidades com direito ao uso do passaporte diplomático, "que venha pôr cobro ao actual estado de banalização deste importante documento com validade internacional".
"As autoridades terão com certeza de recolher ou pelo menos não renovar um número de passaportes em posse de cidadãos que, até prova em contrário, não exercem, nunca exerceram, qualquer função que os habilita a ser detentores do mesmo".
João Lourenço, que defende "uma mudança radical na gestão do Ministério das Relações Exteriores, pediu ainda ao ministro Manuel Augusto e à sua equipa, aos embaixadores e a todos quantos trabalham directamente com os fundos do MIREX, que façam "uma gestão parcimoniosa e exemplar dos fundos e do património da instituição, tanto em Angola como no exterior".
No seu discurso de abertura, João Lourenço falou ainda na necessidade de racionalização de recursos, "de reduzir missões diplomáticas e consulares, e, em consequência, de pessoal a trabalhar nas missões que continuarem".
"Com isto, aumentará o número de países onde teremos embaixadores acreditados mas não residentes, prática normal a que recorrem, de uma forma geral, todos os países, de acordo com os critérios por si definidos, e que em nada diminui a eficiência no atendimento aos países com quem mantêm relações diplomáticas", declarou.