O anúncio foi feito na terça-feira pelo ministro do Desenvolvimento Económico e Social, Manuel Nunes Júnior, justificado com o facto de o barril de crude se manter cerca de 8 USD abaixo do valor de referência com que o documento foi elaborado, de 68 dólares.
"É uma tamanha irresponsabilidade da equipa económica. A UNITA chamou a atenção sobre a necessidade de rever o OGE antes de ser aprovado, hoje, com pouco menos de um mês de exercício, já falam em revisão", disse aos jornalistas Adalberto da Costa Júnior, líder do grupo parlamentar da UNITA.
Segundo o dirigente do "Galo Negro", a revisão anunciada vai "transtornar a vida dos angolanos" e a UNITA, afirmou, "vai responsabilizar o Executivo sobre os possíveis danos que venham a ser causados".
Entretanto, Adalberto da Costa Júnior anunciou que o Grupo Parlamentar da UNITA tomou a iniciativa de propor uma acção de apreciação da constitucionalidade do Acórdão nº 319/2013 de 09 de Outubro que suspende a fiscalização das acções do Executivo pelos deputados.
"Nós vamos levar esta proposta a cada deputado de todos os grupos parlamentares para a sua subscrição e remeter de seguida ao Tribunal Constitucional que proferiu o Acórdão", referiu.
Com este acto, "vão verificar quem é que de facto abraça a transparência, a impunidade, a acção fiscalizadora da Assembleia Nacional e quem se posiciona contra", defendeu o líder parlamentar da UNITA em conferência de imprensa realizada hoje para divulgar as acções parlamentares prioritárias do partido para este ano.
"É comum ouvir repetidamente afirmar o combate à corrupção, o combate à impunidade, na boca dos ministros e dos titulares institucionais. Tem que haver prática", recomendou.
Para Adalberto da Costa Júnior, o Grupo Parlamentar da UNITA, sob orientação da direcção do partido, tem um conjunto de iniciativas tendentes à reposição plena da acção fiscalizadora da Assembleia Nacional, contribuindo assim para a transparência e a boa governação.
Lamentou que após a aprovação da actual Constituição da República de Angola, em 2010, foram impostas aos deputados restrições ao exercício pleno do seu mandato.
"Para este ano, o Grupo Parlamentar da UNITA tem prontas para remeter de imediato à Assembleia Nacional, a realização das Comissões Parlamentares de Inquérito ao Banco BESA, Sonangol, Fundo Soberano e a dívida Pública", insistiu.