O fenómeno da exploração ilícita de diamantes, segundo o director de Delegação do Ministério do Interior, inspector-chefe de migração Rodrigues Zeca, ganhou terreno na província da Lunda Norte devido ao índice elevado da migração ilegal.
"Em quase todos os pontos da província da Lunda Norte existem diamantes, e a nossa fronteira é muita grande, fica difícil controlarmos ou termos efectivos na vasta fronteira com a Republica Democrática de Congo (RDC)", disse, revelando que a última apreensão ocorreu esta semana, quando os efectivos afectos ao Comando Municipal de Xá-Muteba da Polícia Nacional "detiveram um cidadão, de 55 anos, em posse de um 2.604 diamantes e 3.710 dólares-norte americanos".
O oficial fez saber ainda que estas apreensões têm ocorrido no âmbito da Operação Transparência que visa combater o tráfico e exploração ilegal de diamantes.
"A operação visa principalmente a criminalidade, bem como desmantelar grupos de garimpeiros e proceder à apreensão de alguns meios que eles utilizam para o garimpo ilegal executado por cidadãos estrangeiros em diversos pontos da província da Lunda Norte", descreveu.
Na opinião do delegado do Ministério do Interior na Lunda Norte, a ganância pelo lucro fácil incita a exploração ilícita de diamantes com a colaboração de angolanos afectos a empresas de segurança.
"Muitos garimpeiros aproveitam zonas onde não existe controlo das autoridades e aproveitam para efectuar a exploração de forma ilegal e depois passam a informação a outros elementos que também fazem a mesma coisa noutras zonas", afirmou, salientando que os imigrantes ilegais após a detenção são ouvidos pelos Ministério Público e depois repatriados para as suas terras de origem.