«A Polícia Nacional (PN) assegura que o acusado apresentava indícios de alcoolismo quando foi abordado, na madrugada do dia 14, e levado para a esquadra da Polícia no bairro Huambo, a bordo da sua viatura, conduzida pela sua esposa.
Tão logo chegaram à esquadra, o homem recusou-se a entrar e bloqueou as portas do carro, afastando a esposa do lugar do condutor e fugindo ao volante do veículo, o que levou os efectivos da polícia a persegui-lo até à sua residência, onde se desencadeou uma confusão entre os familiares do homem foragido e os agentes de reguladores de trânsito.
Conta a polícia que o acusado, em estado de embriaguez, agrediu os dois agentes, rasgando-lhes, inclusive, a farda da polícia, o que resultou no desaparecimento dos passadores (patente) de um dos agentes.
Segundo a PN, apesar de toda a confusão que se criou, os agentes reguladores, com a ajuda de um cidadão não identificado, conseguiram deter o acusado.
Levado a julgamento sumário no Tribunal de Comarca de Luanda (Palácio Dona Ano Joaquina), horas depois, pelos crimes de desobediência, ofensas simples contra a integridade física e condução em estado de embriaguez, o acusado foi julgado e condenado a uma pena de três meses de prisão, convertida em multa no valor de 555 mil kwanzas e numa indemnização aos dois agentes no valor de 150 mil kz.
Entretanto, a conversão da pena de prisão em multa não agradou à PN, pois viu os seus agentes agredidos e com o fardamento rasgado.
Fontes da cooperação, que solicitaram anonimato, contaram ao Novo Jornal que a decisão deixou revoltados os efectivos da Unidade de Trânsito de Luanda e não só.
Já o porta-voz da PN em Luanda, superintendente Nestor Goubel, desaconselha os cidadãos a resistirem às autoridades, e salienta que apesar da pena branda, o indivíduo foi condenado.