O governador provincial de Luanda já deu instruções, segundo a Angop, para que os administradores municipais iniciem os procedimentos para localizar instalações disponíveis que permitam dar resposta adequada para o acolhimento de crianças, adolescentes e adultos que se encontrem em situação de sem-abrigo fixo.
Esta iniciativa de Sérgio Luther Rescova resulta da necessidade de, tal como é recomendado pelos organismos internacionais que estão na linha da frente do combate a esta pandemia de Covid-19, garantir que não ficam pontas soltas no esquema de prevenção e combate à doença em toda a estrutura social.
Como pano de fundo para a urgência desta medida está o crescente número de pessoas, com destaque para crianças, que se agrupam pela cidade, vivendo de expedientes, em grande parte com origem na crise económica que o país atravessa desde 2014 por causa da quebra acentuada - que se tem fortalecido agora como efeito da pandemia - do valor do petróleo nos mercados internacionais.
Esta medida deverá ser replicada noutras províncias onde o problema dos sem-abrigo também se coloca.
Entretanto, em várias províncias, as comissões intersectoriais locais estão a promover o controlo nas estradas que confinam com as províncias vizinhas, nomeadamente de temperatura corporal, como forma de minimizar o potencial de dispersão do novo coronávirus no país.
Em Cabinda, onde a questão é mais pronunciada devido às fronteiras com os países vizinhos, o reforço da fiscalização está a ser garantido, para além dos efectivos da Polícia da Guarda Fronteira (PGF), do Serviço de Migração e Estrangeiros (SME), e da Policia Fiscal, por equipas da inspecção da Saúde e, desde Domingo, das Forças Armadas.