Segundo Simão Nzau, os futuros entrepostos, a erguer nas províncias de Luanda, Bengo, Moxico, Cunene, Kuando Kubango e Cabinda, vão reunir equipas de fiscalização do IDF, efectivos da Polícia Fiscal, do Comércio e da Administração-Geral Tributária.

O responsável adiantou, em declarações à Rádio Nacional, que as novas estruturas vão concentrar a actividade de fiscalização da exploração de madeira, até aqui dispersa por vários pontos ao longo das vias de circulação.

Para além da função fiscalizadora, os entrepostos "terão a missão de preparar a madeira destinada à exportação", facilitando a "tramitação dos processos destinados à exportação", uma vez que nesses espaços "vão estar todos os serviços que concorrem para o licenciamento", esclareceu o director-geral do IDF.

Recorde-se que, nos últimos meses, têm surgido vários alertas para a urgência da regulação do sector.

De acordo com um estudo apresentado na Universidade de Oxford, no Reino Unido, Angola vai perder a totalidade das suas florestas virgens, em escassos 20 anos, se o ritmo de abate e destruição permanecer semelhante ao actual.

O fenómeno é agravado pelo negócio de venda de licenças de exploração de madeira, reconhecido pelo próprio Executivo.

O Governou acusou, no ano passado, empresários angolanos de solicitarem autorizações para o exercício da actividade apenas com a intenção de as poderem ceder a empresários estrangeiros, sobretudo chineses e vietnamitas.

A denúncia ouviu-se durante a 1.ª Conferência Nacional sobre Florestas, que decorreu em Julho de 2017, em Luanda. De acordo com o ministro do sector, Marcos Nhunga, a fraude com as licenças de exploração florestal "só beneficia os estrangeiros", evidenciando a necessidade de se disciplinar o sector madereiro. "

Temos que impor regras", reforçou o governante, assinalando, por exemplo, que a maior parte dos países não exporta a sua madeira em toro".