"Esta realidade entende-se contrária aos valores de um Estado democrático e de direito, pois, em democracia, não deve haver presos políticos", dizem as ONG Friends of Angola (FoA) e Observatório para a Coesão Social e Justiça (OCSJ).

Nas cadeias estão presos os activistas Gilson da Silva Moreira "Tanaice Neutro", Hermenegildo André "Gildo das Ruas", Abraão dos Santos "Pensador" e Adolfo Campos, desde setembro de 2023, segundo estas ONG.

"Os activistas estiveram sujeitos a linchamento judicial, simplesmente para intimidar, esvaziar o espaço cívico e criar um clima de medo no seio dos cidadãos em Angola", disseram as ONG em conferência de imprensa, salientando que a saída dos activistas depende de ordens superiores.

"Senhor Presidente, coloque esses jovens em liberdade, porque eu não sei qual é o objetivo, estamos cansados destas brincadeiras e o executivo angolano tem de ser mais sério e não estar a violar a Constituição constantemente para cultivar o medo entre os angolanos", disse Florindo Chivucute, presidente da FoA, frisando que o sistema judicial angolano "está gravemente enfermo e não funciona com independência".

Os activistas Gilson da Silva Moreira "Tanaice Neutro", Hermenegildo André "Gildo das Ruas", Abraão dos Santos "Pensador" e Adolfo Campo foram condenados pelos crimes de desobediência e resistência.