Após terem sidos suspensos e de lhes ser instaurando um processo disciplinar, todos os envolvidos foram constituídos, detidos, e conduzidos à cadeia militar do Tombo, na zona dos Ramiros, em Luanda.

Nem mesmo o sub-inspector agredido, que foi filmado a ser arrastado pelos colegas de forma humilhante, escapou das mãos da PGR/Militar e foi igualmente detido, e será julgado, contou uma fonte judicial ao Novo Jornal.

O sub-inspector foi arrastado até à esquadra do Benfica, onde posteriormente foi algemado numa cama pelos agentes, a mando do comandante, o intendente Eugénio de Marão Paulo.

Os factos ocorreram em Setembro, e a atitude dos agentes gerou uma onda de críticas dos internautas, o que levou, na ocasião, o Comando Provincial de Luanda da PN (CPL), através do seu comandante Francisco Ribas da Silva, a suspender o comandante da esquadra do Benfica e todos os afectivos envolvidos, incluído o oficial agredido, para averiguação do caso.

O vídeo mostra o oficial a ser agredido e arrastado por quatro efectivos da Polícia Nacional em plena via pública, próximo a umas bombas de combustível onde supostamente esteve antes da agressão.

Segundo relatos, tudo começou quando o oficial estava próximo de uma loja das bombas de combustível, a consumir depois do horário laboral, quando pretendeu entrar no interior da loja, que já se encontrava fechada.

Conforme relatos, foi impedido de entrar e insistiu, mas não foi bem-sucedido porque o suposto proprietário ligou para o comandante da esquadra do Benfica a solicitar ajuda, e este, por sua vez, ordenou aos seus efectivos que levassem para a esquadra a pessoa que provocara a alegada confusão.

Postos no local, os oficiais, para acautelar a situação, informaram o seu comandante de que se tratava de um colega, e o comandante disse-lhes que o arrastassem até à esquadra de polícia. Os efectivos acataram a ordem e assim fizeram.

Entretanto, após o ocorrido, os efectivos da esquadra do Benfica, em solidariedade, manifestaram total apoio ao oficial agredido.