Segundo um comunicado da Casa Civil do Presidente, "da análise feita, concluiu-se ter havido falta de diálogo e comunicação entre a Sonangol e as diferentes instituições do Estado, o que terá contribuído negativamente no processo de importação de combustíveis".
No comunicado é garantido que "foram tomadas as medidas e mobilizados todos os recursos necessários para a completa estabilização do mercado de abastecimento dos combustíveis nos próximos dias".
Por último, pode ler-se o apelo "à compreensão dos utentes e da população em geral".
O combustível continua a faltar em centenas de postos de abastecimento por todo o país mas com acentuada gravidade na cidade de Luanda, onde os automobilistas fazem filas para atestar o depósito há mais de 48 horas.
A situação é tão grave que milhares dos automobilistas afectados estão, principalmente em Luanda, há mais de 48 horas parados nas bombas de gasolina ou a circular, como podem, entre postos de abastecimento em busca de uma gotas que lhes permita ir a casa ou chegar ao trabalho.
Por causa deste problema, é possível observar, nas principais vias de acesso entre a periferia da capital angolana e o centro da cidade, milhares de pessoas a pé e os escassos táxis (candongueiros) que ainda conseguem obter combustível, estão permanentemente lotados e os motoristas passaram à fase de "rotas curtas", que é como quem diz, pagar o mesmo por menores distâncias percorridas.