Segundo um comunicado divulgado ontem pelo banco central, o FMI vai apoiar Angola no "fortalecimento da supervisão bancária e prevenção do branqueamento de capitais e combate ao financiamento do terrorismo", tendo em vista o regresso dos bancos correspondentes ao país.
Recorde-se que, no cenário actual, sem acordos com bancos correspondentes internacionais devido às dúvidas sobre o cumprimento de regras internacionais por Angola, os bancos comerciais do país apenas conseguem comprar divisas ao BNA, agravando a crise financeira e económica decorrente da quebra nas receitas fiscais com a exportação de petróleo.
O cenário complicou-se a partir de 2015, quando a má imagem externa da banca angolana colocou o país na lista "cinzenta" do GAFI - classificação que se traduziu na debandada dos bancos correspondentes que operavam no sistema nacional e na crescente dificuldade de acesso a dólares
Agora com a assistência técnica da instituição financeira, que poderá extensiva à Unidade de Informação Financeira (UIF), o BNA fica mais perto de garantir o reconhecimento como autoridade monetária de supervisão, estatuto que permitirá recuperar a credibilidade perdida e desbloquear o acesso a divisas.
O objectivo tem envolvido acções de diplomacia financeira - que incluíram já deslocações aos EUA e a vários países europeus, para promover os esforços de Angola na adequação do seu sistema financeiro às normas e boas práticas internacionais -, acompanhadas de acções de formação e capacitação dos trabalhadores.