Este diamante tem 130 quilates e é já um dos maiores descobertos no país, ficando mesmo entre as maiores de sempre, sendo que o Lulo, que os australianos da Lucapa exploram em conjunto com a Endiama e os privados da Rosa & Pétalas, ostenta o estatuto de ter fornecido as três maiores "pedras" da indústria diamantífera angolana.
O maior diamante de sempre, com 404 quilates, descoberto no Lulo no início de 2016, que rendeu 16 milhões USD e foi comprado pela de Grisogono, a joalheira de luxo suíça, detida pela empresária angolana Isabel dos Santos, que a transformou numa jóia rara que foi vendida em leilão por 34 milhões USD.
Já este ano, para além deste diamante com 130 quilates, a Lucapa já tinha anunciado a descoberta de outro, com 128 quilates, no mês de Fevereiro.
Estes dois diamantes, a que se juntará outro de 62 quilates, e um conjunto não detalhado de pedras coloridas, serão vendidos em leilão algures em Junho.
Recorde-se que a Lucapa efectuou este ano o primeiro leilão realizado em Angola de diamantes em bruto.
Foram arrecadados perto de 16,7 milhões de dólares norte-americanos, com a venda de um lote de sete pedras de qualidade excepcional provenientes da mina do Lulo, entre elas um Type Illa D-Colour, de 114 quilates, e um diamante cor-de-rosa, de 46 quilates.
O modelo escolhido para a realização foi o de um "leilão por concurso" - normalmente designado por Tender, no qual as empresas participantes apresentaram as suas licitações em modelo fechado, por se tratar de um modelo que permite obter maior valor para as pedras a ser vendidas, refere a SODIAM em comunicado.
Participaram no leilão 31 empresas, provenientes de oito países, designadamente Angola, Bélgica, Emirados Árabes Unidos, Índia, Estados Unidos da América, África do Sul, Israel e China.
Este leilão foi realizado no país porque, como explicou a Lucapa, a nova legislação criada para o sector permite uma maior versatilidade às empresas na gestão dos seus recursos, e, nomeadamente, permite que as vendas não sejam, como sucedia antes, intermediadas por clientes preferenciais, o que gerava uma distorção do mercado prejudicial para os operadores.