Ainda à espera dos esclarecimentos das autoridades mauricianas, sobre o congelamento de contas bancárias e suspensão de licenças de investimento da Quantum Global nas Maurícias - firma que fundou e preside -, Jean-Claude Bastos de Morais garante que está a ser vítima de "alegações falsas e prejudiciais".
Em causa, aponta o empresário, estão suspeitas de que a sua ligação ao Fundo Soberano de Angola, recentemente cancelada, foi danosa, ideia que descarta.
"A verdade é que todo o dinheiro pertencente ao Governo angolano está contabilizado em contas publicamente divulgadas, que por vários anos foram alvo de auditorias independentes", diz o gestor, citado num comunicado da Quantum Global, divulgado na sexta-feira, 20.
Segundo a mensagem, disponível online, a empresa que geria 3 mil milhões de dólares do FSDEA já começou a ser ouvida pelas autoridades mauricianas, no sentido de contestar as penalizações que lhe foram aplicadas.
A próxima audição está marcada para a próxima quarta-feira, 25, adianta a Quantum, alertando para o impacto negativo de todo o processo para os negócios e não só.
"Milhares de famílias africanas estão a sofrer como resultado dessas acções injustificadas das autoridades mauricianas", lamenta Bastos de Morais, reforçando que a disputa não afecta apenas banqueiros e advogados.
O empresário assegura ainda que a Quantum Global cumpriu com sucesso as suas obrigações em nome do FSDEA, desempenho que "permitiu aumentar em valor o portfólio do Fundo", valor esse que a empresa "está a tentar proteger" ao exigir uma audiência justa, que lhe permita limpar o nome.