Em 2022, o Banco Nacional de Angola (BNA) gastou 64,2 mil milhões de kwanzas, o equivalente a 126,5 milhões de dólares, em salários e outros ordenados dos seus mil 873 efectivos, representando um aumento de 11% face aos 57,7 mil milhões Kz (114 milhões USD) aplicados para o mesmo fim em 2021, apontam dados do relatório e contas do Banco Central, publicado recentemente.

Só o Conselho de Administração do BNA, liderado por José de Lima Massano (governador), "levou para casa" 1,6 mil milhões Kz (3,2 milhões USD), a título de salários e outras remunerações, revela o relatório consultado pelo Novo Jornal.

Considerando-se 13 salários por ano previstos na lei angolana, chega-se a um ordenado médio mensal de pouco mais de 10,3 milhões Kz por administrador do Banco Central. A realidade, entretanto, deve ser um pouco diferente, uma vez que o governador dessa instituição beneficia de um salário mais elevado do que os seus pares, explicam analistas ouvidos pelo NJ.

Sendo que os gestores do BNA levam para casa 13 salários anualmente, dados apontam que, por ano, só de vencimento, cada um dos 11 membros do Conselho de Administração encaixou 123,9 milhões Kz como salário, enquanto os outros mil 862 funcionários da instituição reguladora do sistema financeiro receberam, no conjunto, 45,8 mil milhões Kz em ordenados, em 2022.

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