O grupo angolano ofereceu a proposta de 165.000 kwanzas por cada uma das 100 mil acções à venda, o que totaliza um preço final de 16,5 mil milhões de kwanzas (cerca de 29,3 milhões de dólares).

A Sociedade Comercial Carrinho Empreendimentos, S.A tem beneficiado de garantias soberanas do Estado angolano. A última, de 57,4 milhões de euros, como avançou o Novo Jornal (ler aqui), serviu para a cobertura do contrato de importação de bens e equipamentos do projecto da fábrica de produção de açúcar, em Benguela, e junta-se a uma outra aprovada em Março para a cobertura financeira do contrato de importação de bens e equipamentos do projecto da fábrica de produção de óleo alimentar e farinha de soja, no valor de 56,9 milhões de euros.

De lembrar que o Presidente da República autorizou a privatização do BCI, pelo procedimento de leilão em bolsa "direccionado a candidatos especialmente qualificados".

A privatização do BCI, um banco comercial com 100 por cento de capitais públicos, tendo na sua estrutura accionista o Estado Angolano, Sonangol, Endiama, ENSA, TCUL, Porto de Luanda, TAAG, e Angola Telecom, foi justificada pela "necessidade de se proceder à privatização das acções representativas do capital social do Estado no Banco de Comércio e Indústria, integrado no PROPRIV". O BCI, fundado em 1991, conta com uma rede de 82 balcões e 31 postos de serviço.

Esta foi, no País, a primeira venda de uma empresa através de um leilão em bolsa.