Jean-Claude Bastos de Morais, que esta semana voltou a ser notícia por suspeitas de gestão danosa - agora ligadas a dezenas de contas bancárias congeladas nas Maurícias, referentes a investimentos do Fundo Soberano de Angola -, demarca-se da investigação em curso sobre a transferência ilícita de 500 milhões de dólares do BNA para Londres.
Para além de assegurar que em nenhuma ocasião foi "interrogado pelas autoridades angolanas ou por qualquer órgão regulador, em torno da referida transacção", o empresário garante que só teve conhecimento da operação após ser divulgada "nos meios de comunicação social e posteriormente confirmada pelo Ministério das Finanças de Angola".
Através de um comunicado, divulgado pela agência Lusa, Jean-Claude Bastos de Morais, que em 2011 foi condenado na Suíça por "gestão criminosa qualificada e reincidente", afirma "categoricamente", que nem ele nem o Grupo Quantum Global, empresa que dirije como PCA, foram "parte da transação de 500 milhões de dólares, actualmente sob investigação das autoridades angolanas".
Na mensagem, o empresário não esclarece porém as suspeitas que levaram as autoridades mauricianas a congelarem dezenas de contas bancárias que estão em seu nome, decisão que surgiu dias depois de um representante do Governo angolano se ter reunido com o primeiro-ministro das Maurícias.