"Angola ainda tem combustíveis com níveis de enxofre de 2.000 partes por milhão (ppm), bem acima dos padrões internacionais de 500 ppm. Isto significa que o combustível de Angola não corresponde aos nossos padrões", disse o diretor-adjunto do Ministério para a regulação, conformidade e economia do departamento dos assuntos petrolíferos, Carlo McLeod, citado pelo jornal diário The Namibian.
"A Namíbia é um importador líquido de produtos petrolíferos refinados. Daí, ao importar produtos petrolíferos, o país precisa de aderir às obrigações regionais e internacionais para diminuir as emissões de carbono e pela necessidade de proteger o ambiente", explicou McLeod.
Ainda assim, o responsável acredita que a situação vai mudar nos próximos meses, com a abertura de uma nova refinaria em Lobito e com a melhoria da actual refinaria em Luanda.
"Entre outras razões, esta nova refinaria vai ser construída para processar o petróleo de crude angolano até produtos refinados que correspondam às normas europeias e americanas", reforçou.
Em Junho de 2013, o antigo ministro namibiano da Energia, Isak Katali, e o antigo ministro angolano do Petróleo, José Maria de Vasconcelos, assinaram um memorando de entendimento para facilitar o fornecimento de petróleo por parte de Angola.
O acordo entre os dois países não chegou a ser assinado pois os apoiantes do Presidente namibiano, Hage Geingob, consideraram que o negócio tinha contornos obscuros.
A Namíbia pretendia comprar petróleo de crude mais barato a Angola, para depois o refinar através de outras parcerias estrangeiras no Dubai.