Por detrás desta significativa subida do valor do crude está a considerável probabilidade de um ataque iraniano contra Israel como vingança pelo míssil disparado por Israel a 01 de Abril contra o consulado iraniano em damasco, Síria, onde morreram 11 pessoas, incluindo generais de topo.
Há quase uma semana que crescem rumores nas redes sociais sobre a inevitabilidade desse contra-ataque.
Estes, por enquanto, rumores, são solidamente fundamentados pelas ameaças de vingança feitas em Teerão pelo aiatola Ali Khamenei e pelo Presidente Ibrahim Raisi, após um míssil israelita ter destruído o consulado iraniano (na foto) na capital síria, Damasco, matando 11 pessoas.
Ameaças essas que reverberaram fortemente pelos mercados petrolíferos, especialmente depois de um comandante da Marinha de Guerra iraniana ter admitido que em caso de conflito aberto com Israel, o Estreito de Ormuz, por onde passa muito do petróleo e gás consumido no mundo, seria fechado à navegação.
E agora ganharam nova intensidade com a intelligentsia norte-americana a fazer chegar aos media a sua convicção de um ataque a Israel pelo Irão está iminente e pode suceder ainda este fim-de-semana, metendo frente a frente as duas grandes potências militares do Médio Oriente.
Para já, o que é certo e seguro é que a morte de sete oficiais da Guarda Revolucionária do Irão no consulado de Damasco, entre estes dois generais da sua unidade de elite, a Força Quds, incluindo o comandante, general Mohammad Reza Zahedi, e o seu braço direito, o general Haji Rahimi, impõe a Khamenei e Raisi, para não perderem a face, uma resposta "adequada".
Entretanto, a embaixada dos EUA em Israel emitiu um alerta para os seus cidadãos pedindo-lhes que evitem locais considerados sensíveis e aqueles onde existirem concentrações populares.
Face a este cenário escaldante, várias companhias aéreas ocidentais estão a reduzir os seus voos para o Irão e Israel e nalguns casos a anulação temporária destas rotas até nova ordem.
Em Telavive, o Governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyhau, já advertiu que se o país for atacado pelo Irão, a resposta será imediata e determinada.
Em toda a região, segundo notícias de múltiplas agências, o clima é de crescente sensação de guerra iminente entre os dois países.
Com este cenário em evolução, o barril de Brent estava, perto das 15:40, hora de Luanda, a valer já 92, 13 USD, mas 2,69 % que no fecho da sessão anterior, batendo um recorde de largos meses, meados de Setembro de 2023.