A ANPG, depois de cumpridos os procedimentos e criadas as condições para o início de actividades, a cargo da comissão instaladora, que vai ser coordenada pelo director nacional dos Petróleos, Amadeu de Azevedo, terá como missão a gestão da fileira do petróleo e do gás, focando-se a Sonangol na produção e pesquisa.
A comissão instaladora deverá ainda alinhavar todo o plano para a criação da ANPG, incluindo a definição ao detalhe das suas competências, por forma a não deixar espaço para a ocorrência de colisão com as atribuições a definir em diante para a Sonangol.
Recorde-se que em Setembro de 2017, João Lourenço criou um grupo para estudar a reestruturação do sector petrolífero, que integra os ministros dos Recursos Naturais e Petróleos, Diamantino de Azevedo, e das Finanças, Archer Mangueira, que conclui, estando essa conclusão na génese do decreto presidencial, pela necessidade de delimitar as competências da Sonangol e criar a ANPG.
A partir do momento em que esta nova agência estiver na posse das competências estipuladas no decreto do Presidente da República, deverá absorver uma parte significativa dos departamentos que hoje compõem a Sonangol, estando o processo previsto para estar concluído até 2020, com o calendário definido em três etapas.
Para ter uma ideia próxima do que está a ser feito a partir do seu decreto de criação da agência, João Lourenço nomeou, igualmente por decreto, uma Comissão Interministerial de Acompanhamento do Reajustamento da Organização do Sector Petrolífero, que terá à cabeça o ministro dos Recurso Minerais e Petróleos.
Até Dezembro de 2020, esta comissão de acompanhamento fará relatórios periódicos para manter a par, de três em três meses, o Presidente João Lourenço, do que está a ser feito e em que ponto está o processo de criação da ANPG bem como a reestruturação da Sonangol.
Para além de Diamantino Azevedo, integram a comissão de acompanhamento o ministro das Finanças, Archer Mangueira, os secretários de Estado dos Petróleos, do Orçamento e do Investimento Púbico e o Presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Carlos Saturnino.
Todo esta "revolução" no sector petrolífero tem como principal objectivo, como explicou o ministro dos Petróleos, por fim ao conflito de interesses que a indústria petrolífera angola apresenta, determinando regras específicas para tornar o sector "transparente e ganhar eficiência".