A produção de petróleo no Irão deverá sofrer uma quebra de 1,1 milhão de barris por dia no segundo semestre deste ano, na sequência de uma menor procura decorrente da ameaça de sanções lançada pelos EUA aos países que continuem a importar o seu crude.
A previsão é do banco de investimento Morgan Stanley, que acrescenta às projecções para o mesmo período uma redução dos volumes de produção em Angola e na Líbia.
Com base nestas estimativas, a instituição sediada nos EUA calcula que o preço petróleo subirá até aos 85 dólares, valor que eleva, em 7,5 dólares, a cotação que já estava perspectivada.
As contas do Morgan Stanley incluem já expectativas de aumento da produção na Arábia Saudita, Rússia, Emirados Arábes Unidos e Kuwait.
O banco considera que esses acréscimos não serão suficientes para satisfazer uma procura "rubusta", que, diariamente, estará 600 mil barris acima da oferta.
Trump pediu aumento de produção à Arábia Saudita
No último fim-de-semana, o Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou, no Twitter que a Arábia Saudita iria aumentar a sua produção de petróleo, "talvez até dois milhões de barris", tendo ficado por clarificar se a subida será diária ou mensal.
Aliás, essa meta não foi sequer confirmada pelos sauditas, que, através da agência estatal SPA, se limitaram a confirmar que o líder americano falou com o Rei Salman bin Abdelaziz, e que ambos acordaram que os países produtores de petróleo devem "compensar potenciais faltas de reservas".
Os dois dirigentes, informou a SPA, "sublinharam a necessidade de desenvolver esforços para manter a estabilidade do mercado petrolífero e o crescimento da economia global.
Menos contido, Trump disse ter explicado ao Rei saudita o impacto da agitação e disfunções no Irão e na Venezuela sobre o mercado. O Chefe de Estado adiantou que pediu ao soberano da Arábia Saudita que aumente a sua produção de petróleo para compensar esse efeito.