"O Presidente sul-africano Ramaphosa convidou, com o apoio consensual dos seus homólogos dos países BRICS, 67 líderes de África e do sul global", afirmou a ministra dos Negócios Estrangeiros sul-africana, durante uma vídeo-conferência de imprensa sobre os preparativos da cimeira.
De acordo com a ministra, Ramaphosa também convidou 20 "dignitários", incluindo o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, e o presidente da Comissão da União Africana (secretariado), Moussa Faki Mahamat.
Os presidentes do Brasil, da Índia, da China e da África do Sul estarão presentes na cimeira, enquanto a Rússia será representada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergey Lavrov. Os BRICS integram o Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O Presidente francês Emmanuel Macron, no entanto, não foi convidado, confirmou Pandor, embora Macron tenha manifestado interesse em participar na cimeira.
A África do Sul esteve no centro das atenções depois de ter confirmado, em Março passado, o seu convite ao Presidente russo, Vladimir Putin, apesar do mandado de captura emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra alegadamente cometidos na Ucrânia.
Mas Ramaphosa anunciou no mês passado que o homólogo russo irá acompanhar as reuniões virtualmente, sem se deslocar ao país. A África do Sul afirma ter adoptado uma posição neutra em relação à guerra da Rússia contra a Ucrânia e apelou ao diálogo e à diplomacia para resolver o conflito.
Esta posição não está apenas ligada ao papel estratégico, político e económico de Moscovo em alguns países africanos, mas também a razões históricas, como o apoio da Rússia aos movimentos anti-coloniais e de libertação no século XX e a luta contra o regime segregacionista do apartheid.