Até aqui é dado como certo, apesar de as autoridades chinesas terem inicialmente repetido que não havia nenhuma certeza sobre isso, de que o novo coronavírus passou de animais para humanos num mercado de animais vivos para alimentação humana na cidade de Wuhan, província de Hubei, no centro da China, em Dezembro de 2019.
Posteriormente foi igualmente verificado que o Sars CoV-2 já circulava em tempos anteriores a essa data, incluindo fora da China, mas sem que isso tenha posto em causa a tese de que foi naquela cidade chinesa que teve início a mais grave pandemia em muitas décadas que gerou a mais grave crise económica em quase um século, pelo menos desde o crash bolsista de 1929, nos EUA.
Com esta investigação, que tem vindo a ser anunciada há largos meses e que, aparentemente, agora teria início, a OMS pretende recolher informação que seja útil no esforço que a humanidade terá de fazer para que novas pandemias desta natureza surjam no futuro, com tudo para se acreditar que com maior severidade tanto em letalidade como na sua dispersão pelo planeta.
Tedros Adhanom Ghebreyesus disse mesmo, naquilo que está a ser visto como a mais séria critica ao Governo de Pequim, que está "muito desiludido" com a resistência à entrada no país da equipa criada pela OMS para rastrear a origem do coronavírus, tendo estes peritos deixado os seus países nas últimas horas.
"Soubemos agora que Pequim não concluíram o processo de autorização para a equipa e permissões para as deslocações internas", disse o DG da OMS em conferência de imprensa, citado pelas agências.
A resposta chinesa não se fez esperar e o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Hua Chunying, veio a terreiro refutar a ideia de que estejam a ser criadas artificialmente obstáculos à entrada da equipa da OMS no país.
"Estamos em contacto com a OMS para que os especialistas possam entra. A China está a trabalhar intensamente na prevenção e ainda enfrenta dificuldades várias, nomeadamente quanto aos preparativos para esse fim, o que a OMS sabe bem", afirmou Hua Chunyingm acrescentando que decorrem negociações com a OMS mas garantindo que nunca existiu qualquer entrave ou problema criado artificialmente.
Esta equipa da OMS integra 10 elementos de distintas especialidades, provenientes de países como EUA, Dinamarca, Holanda, Japão, Reino Unido, Austrália, Rússia, Vietname, Alemanha e Qatar.